Hoje, véspera de natal, eu quero desejar, pra todas aquelas pessoas queridas que são importantes na minha vida, uma única coisa: MUDANÇA! Mudança interior, mudança de ideias, mudança de visão, mudança de astral (de ruim pra bom, é claro! rsrsr...), mudança de tudo aquilo que não está bom na vida, mudança, mudança, mudança!!! Mudar é vital. Necessário pro nosso crescimento. Expansão da mente, do coração, do espírito. Mudar é a gente dar o braço a torcer que não somos donos da verdade e que, na verdade, a gente não sabe é de nada! Mudar é reconhecer que erramos, que taaantas e tantas vezes agimos errado por precipitação, por ansiedade... por impulso. E mudar é mostrar que a gente tá aprendendo esse caminhão de lições que a vida traz. E olha, se a gente reluta, ela vai nos instigar insistentemente, porque a vida nunca desiste da gente... ela quer nos ver melhores. Transformados. Conscientes. Destemidos.
Eu mudei no ano passado a minha visão de natal. Durante muitos anos (muitos mesmo), natal pra mim era a coisa mais triste que tinha no ano. Nossa, ia chegando lá pro meio de dezembro o coração já começava a apertar. Vish, 24 de dezembro eu só queria que um buraco imenso e aconchegante se abrisse embaixo dos meus pés pra pular nele com o maior prazer e sumir do mundo. Só que a gente tem que representar papéis na vida né? E assim fui engolindo o natal "guéla abaixo", pra não desagradar ninguém. Mas por dentro era só vazio, e muita solidão. A verdade sabe qual que é? É que era muito triste passar o natal sem a minha mãe, nunca soube admitir isso, assim, com todas as letras. Mas é isso. Hoje eu admito. Eu me abri pra mudança e passei a ver que a minha família tem muito valor, tanto quanto a minha mãe, e que eles estão VIVOS, e precisam ser curtidos e aproveitados ao máximo. Então o vazio deu lugar à alegria de estar com eles. De viver o que a vida nos dá. E o natal passou a ser aquela coisa gostosa de curtir filhos, sobrinhos, pai e irmãos, de dar risadas, de passar tempo juntos e celebrar o real significado desta festança. Depois de 28 anos eu começo a aceitar a partida da Dona Cibele. Essa é uma mudança importante. Aceitar a vida e os planos de Deus, por mais doloridos que sejam, é um exercício muito necessário de desapego. É virar pro cara lá de cima e dizer: "Tá bom, então é assim? Eu aceito, cara! Deixo nas suas mãos. Mude o que for preciso, mas cuida de mim!".
Família, amigos, amores... queridos! Que a mudança seja a companheira de todos vocês nestes novos tempos. Peço assim, publicamente, perdão pra qualquer pessoa que eu tenha magoado de alguma forma e perdoo também, de coração aberto, algumas puxadas de tapete, pisadas na bola e mais algumas coisitas...
Um beijo meu, com todo amor, pra cada um.
E que venha, sempre bem vinda, toda e qualquer mudança!!!!
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Devaneios no Centenário
Bem, introduzido o assunto, resolvi postar aqui também os textos da coluna "Devaneios em prosa", pra quem não é pedralvense e não tem a oportunidade de ler o nosso jornal.
Beijos e espero que gostem!
Devaneios em prosa
A responsabilidade de cada um
Olá leitores queridos do Jornal
O Centenário! Recebi, com muita alegria, o convite do Chinho pra estrear uma
coluna fixa aqui no jornal. Um convite que, aliás, me chamou à
responsabilidade. Para quem não sabe eu sou a jornalista responsável pelo
jornal já há muitos anos, mas por compromissos profissionais, por não morar em
Pedralva e mais outros motivos, nunca pude contribuir com o Chinho e Edinho na
produção do jornal. Me sinto em débito com eles e vou tentar ir pagando as
minhas “dívidas morais” com esse nosso bate-papo mensal. Prometo!
Vamos lá então, né? Pôxa...
acabou o ano. Que ano rápido, intenso e feliz que eu tive! Neste mês faz um ano
que voltei a morar em Pedralva. Consegui um trabalho que poderia fazer à
distância, então não pensei muito e decidi com muita alegria no coração: vou
voltar pra minha terra e começar a viver, ao invés de só sobreviver! Depois de
15 anos morando fora voltei pras minhas origens, pra minha gente querida, pras
minhas montanhas tão inspiradoras. Parece que voltei a ser criança, a olhar
tudo com “olhos de primeira vez”. Pedralva, de repente, se mostrou tão linda e
atraente pra mim, como quem pedia: “Por favor, me mostre pra todo mundo! Mostre
o quanto sou bonita. Mostre meu potencial. Desperte o olhar dos meus filhos!”,
e foi exatamente o que tentei fazer o ano inteiro através das minhas
fotografias. E foi muito surpeendente ouvir muitas pessoas, ao olharem para
minhas fotos, dizerem: “Nossa, nem parece Pedralva!”. Olha só que coisa! Como
nosso olhar fica apático quando nos acomodamos e esquecemos de olhar com “olhos
de enxergar”, não é mesmo?
Além das paisagens, neste ano
pude observar também, com outros olhos, o desenrolar da vida na nossa pequena
cidade. Vi, com preocupação, mas enxergando oportunidades, o quanto Pedralva é
desvalorizada, incompreendida, mal interpretada e às vezes, até desprezada por
grande parte dos pedralvenses que vivem aqui. Porque será que é preciso a gente
ir embora, conhecer a vida em muitos outros lugares, pra descobrir e entender o
quanto nossa cidade é maravilhosa e merece nosso respeito e esforço para
ajudá-la a melhorar? É claro que é natural que, quem nunca conheceu a vida fora
daqui, ache que “tá bom do jeito que tá”, que aqui nunca vai mudar e que nada
aqui vai pra frente... mas tem muita coisa pra melhorar sim, né? E é claro que
tudo poder ser muito melhor do que já é, sem perder a essência!
Outro dia fiz uma pequena
observação numa foto minha de Pedralva que postei no facebook que dizia assim:
“A gente ama ela assim! É claro que
queremos muito que ela evolua em muitos aspectos e precisamos, inclusive, lutar
por essa evolução. Mas por outro lado, queremos também que ela continue sendo
essa menina encantadora, simples e natural, sem sofrer consequências de um
progresso forçado e desestruturado. Porque a magia de Pedralva está nessa
gigantesca pequenez! É isso que dá amor na gente!”.
É isso. Ela pode continuar
pequena, mas ela poder ser melhor!!! Isso depende de mim. Isso depende de você!
Então, se me permitem, quero deixar uma sugestão pro ano que vem, pra todos nós
que vivemos aqui: vamos participar mais da vida da comunidade, dos conselhos
municipais, vamos ser voluntários em tantas obras assitenciais que temos aqui,
vamos encarar a responsabilidade que temos por fazer Pedralva ser melhor
(Sim!!! Porque a responsabilidade é de CADA UM!)... vamos ser cidadãos de
verdade, deixar de apontar tantos defeitos e ajudar a encontrar soluções.
Eu, particularmente, acredito
muito em Pedralva. Sei que ela é uma menina de futuro e que ainda nos dará
muito mais orgulho! Torço, com todo meu amor pela minha cidade, para que os
futuros governantes que iniciam o mandato em 2012 saibam cuidar e valorizar “nossa
pequena” como ela merece. Porque ela MERECE, não é mesmo, gente??
Beijos queridos e até a próxima
edição!
Ana Bustamante
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Montanhas que trocam de roupa
Esse mês está fazendo uuuum ano que me mudei pra Pedralva! Olha só isso, gente! Foi ontem, foi de manhã, foi praticamente AGOOOORA! Que louco isso! Passou "rápidex", mas ao mesmo tempo, aconteceram tantas coisas, e parece que tô aqui há séculos. Confuso, não? rsrs... Ahhhhh, mas que delícia estar aqui, viu? Decisão tão acertada! Pelo menos até aqui foi. Viver esse verde, esse ar, esse silêncio... não tem preço. Praticamente um ano sabático, mas trabalhando. Queria viver muitos anos assim!
Hoje fiquei olhando minhas "trocentas" fotos... como fotografei esse ano, nossa! MUITO! Vi tanta coisa com "olhar de primeira vez", me deliciei com plantas, animais, paisagens, gente... montanhas!! Ah, minhas montanhas! Brinquei muito de trocar roupinhas nelas! Sabe aquelas brincadeiras de meninas, com bonecas de papel, que a gente trocava só as roupinhas? Hahah... eu amaaaaaava as bonecas de papel! Então... o céu foram as lindas roupas das montanhas. A mesma montanha e muuuuitos céus! Amanhecer, entardecer... chuva, sol... AZUUUL! E as nuvens? Como fizeram parte do meu ano, hein? Me achei nas nuvens... me perdi nas nuvens... desenvolvi mais um bocadinho meu olhar e parece que me curei de uma apatia ocular que andava tendo nos últimos anos de sobrevivência na "selva de pedra".
Essa troca de roupas é bem a cara da vida da gente... nós a montanha, as roupas a vida mudando a todo instante. Um dia uma roupa linda, outra leve, outro dia furada que só! hahahah... as passagens rápidas das roupas sensuais... hum... gostosas que só! As roupas pesadas, frias, opacas. Roupagens... transitórias, efêmeras. Montanha é sempre montanha! Nossa essência é isso, né gente? Podemos trocar quantas roupas forem, passar por situações incontáveis, mas a nossa essência, aquilo que a gente é de verdade, de bonito e de feio, é a gente e pronto. E ponto.
Montanha aqui, montanha lá... mas sempre montanha. Roupas são sempre sopradas pelo vento. A tristeza se vai e dá lugar à alegria, o amor acaba e vem a saudade, a saudade evapora e deixa chegar a liberdade e a leveza... tudo sempre com o toque mágico da escolha, que é quem adianta ou atrasa a troca de roupas.
Tomara que minha próxima troca de roupas permita que eu consiga continuar morando aqui. Nem sempre queremos trocar, mas uma hora a roupa pode não mais nos caber, num é messs? Mas seja lá o que for peço muito ao universo que mantenha meu olhar atento às coisas lindas que consigo ver e sentir, pelo menos até quando a troca de roupas inevitavelmente não for mais necessária.
Mas mesmo assim, sem as roupagens dessa vida, que delícia pensar: "A montanha vai continuar sendo montanha. Eternamente.".
Beijos cheios de devaneios!!
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