quinta-feira, 1 de abril de 2021

Carinho "in box" da Bab's

     


    Quero hoje contar uma história de amor. Uma história na qual eu me orgulho em fazer parte. 

    Quando fui trabalhar em São Paulo, em 2010, para implantar a área de comunicação numa empresa que fazia parte de uma multinacional francesa do agronegócio, fui morrendo de medo. "Que desafio gigante! Será que eu dou conta?", era o pensamento que não saía da caixola nos primeiros dias. A empresa era relativamente nova mas a multinacional era antiga e muito bem conceituada no mercado. Quem geria a comunicação da multinacional no Brasil era a Barbara Reis, uma menina talentosíssima, uns 15 anos mais nova que eu, super bem preparada, centrada, inteligentíssima, uma "CDF", vamos dizer assim. Eu sempre fui a aluna do fundão, só pra vocês saberem. Me borrei inteira! Tínhamos que trabalhar alinhadas, eu via a Barbara (Bab's para os íntimos!) como uma chefe, algo assim... mas não diretamente. Nos primeiros tempos eu ficava imaginando que ela olhava pra mim e pensava: "Afe, essa coroa que arrumaram para a bioenergia não sabe de nada!", o que me causava uma insegurança gigante. Até que chegou um dia em que eu olhei bem pra mim mesma, ao me arrumar para o trabalho, e disse para a imagem refletida no espelho: "Chega né Ana? Vamos lá ser você mesma?". 

    A partir desse "téte a téte" íntimo, comecei a trabalhar do jeito que eu sabia, sem ter medo da Barbara. Tudo se transformou entre a gente naturalmente. Nossas equipes também se alinharam e o trabalho fluiu de um jeito encantado. Foram as melhores equipes irmãs que eu já tive o orgulho de trabalhar e gerir junto com a Bab's. Desenvolvemos um trabalho humanizado onde, nas nossas reuniões semanais, falávamos de nossos sentimentos, do nosso passado e histórias de vida. Aprendi a admirar a Bab's não só como profissional mas imensamente como ser humano. Generosa, cuidadosa com o próximo e muito, muito, muito, muitooooooooo carinhosa... essa menina ganhou tanto o meu coração, que eu fico até com vontade de chorar de pensar. 

    Bom, o tempo passou e eu decidi, depois de dois anos de loucura, ir embora de São Paulo (Melhooooor decisão!). Altas despedidas rolaram, altos presentes. A Bab's é daquelas que AMA dar presentes, e os presentes dela são sempre diferenciados, escolhidos a dedo, minuciosamente, como quem analisa a fundo o perfil da pessoa que irá receber, sabe? Fofa demais. Nos separamos, cada uma foi por um caminho. Eventualmente mandávamos um beijinho pelas redes sociais. Acompanhei de longe a minha menina ser mãe, trazer a maravilhosa Alice ao mundo, atuar lindamente em outros segmentos que eram a cara dela, como ser a Gerente de Comunicação da Embaixada do Reino Unido no Brasil e depois Diretora de Comunicação de uma empresa que produz jogos de tabuleiro, coisa que ela VENERA! 

    No começo de 2021, como já contei aqui no blog, eu fiz um compromisso comigo mesma que iria expressar amor para o mundo, através do meu trabalho. Esta seria a minha contribuição diante da loucura (jamais pensada!) que vivemos com a pandemia. Comecei então a fazer alguns contatos profissionais para trocar ideias sobre projetos que eu tinha em mente, e contatei a linda e talentosa da Bab's, claro! Ela, com certeza, seria sincera e me falaria abertamente que aquilo era uma viagem da minha cabecinha "povoada" de imaginação. Bab's não achou viagem. Bab's me disse: "Menina!!! Tenho um projeto parecido querendo dar vida, vamos comigo?", ah não, gente, que menina linda! Fala a verdade? Foi desta maneira que nasceu a nossa empresa, que já já estará atuando com força total, se Deeeeeeeus quiser, a "Foi Assim", que irá produzir biografias infantis. 

    Eu estou contando tudo isso aqui para dizer a quem está lendo que Deus nos presenteia colocando pessoas no nosso caminho. Pessoas são presentes. Acordei hoje com o carteiro trazendo um presente da Barbara, pro meu aniversário que está chegando. Isso porque ontem o mesmo carteiro já veio aqui para me entregar outro presente dela, um brinquedinho para quem tem tique de conversar mexendo em alguma coisa (eu!).... hahahaha... olha que fofa! Então eu comecei a olhar ao meu redor e percebi que os presentes que a Bab's já me deu me rodeiam no dia a dia, me fazendo lembrar do amor e carinho dela por mim, desde sempre. Uma caneca personalizada onde eu coloco as minhas canetas em cima da mesa de trabalho, uma bolsa que quase todos os finais de semana me levam para o meu lugar de cura e agora o brinquedinho e uma biografia linda. A Bab's nem sabe, mas o presente maior é ela, que nunca saiu do meu coração... e nunca vai sair.  E sim, querida, nós vamos inundar esse mundão de amor! De muuuuuuuuuuito amor! Pode apostar. 

A você hoje eu ofereço o meu imenso amor, a gratidão pelos mimos e a certeza de que somos, uma pra outra, presentes de Deus. 

terça-feira, 2 de março de 2021

A carência nossa de cada dia

     


    Nas minhas "observâncias" diárias, para dentro e para fora, tenho encontrado um mundo carente de olhares verdadeiros e compassivos. Nas redes sociais, na maioria das vezes, a gente mostra o que não é. Que louco isso, né? Alguns poucos lampejos de alegria já são motivos para divulgação, porque se eu não mostrar esta gota de felicidade, o caos interno irei mostrar? Quem vai querer me olhar com dor, com medo, carente de um colo, de um ouvido? Que tempos estes onde a verdade tem que ser o tempo todo oculta, não é? Hoje, lendo um livro que eu adoro, me deparei com o seguinte parágrafo: "Nós temos uma carência de bons olhos sobre nós. Todos nós queremos e precisamos ser bem olhados. Já nos bastam as críticas, a nossa inabilidade em lidar com os próprios erros, em lidar com as nossas limitações. É por isso que temos uma carência grande de que alguém nos ajude com a sua boa vontade, com a sua alma, olhando-nos sinceramente para perceber o que somos e deixando-nos ser o que somos, sem nos ferir com pequenezas ou deficiências" (Calunga - Tudo pelo Melhor - Gasparetto). 

    Este é um livro que fica em cima da minha mesa de trabalho. Penso duas vezes, às vezes, antes de abri-lo, porque tem dias que ele me dá cada bordoada que eu perco até o rumo do que estava fazendo! Hahaha... este chacoalha a gente, COM GOSTO! Hoje foi diferente, ele me tocou no coração, por isso estou aqui escrevendo pra falar sobre a carência que a gente sente, sobre a carência de bons olhos sobre nós. 

    Ahhhh! Um olhar que te percebe "É" um olhar que percebe, né? Não tem coisa mais gostosa nessa vida que receber um olhar de entendimento, de compaixão, de alguém que realmente está escutando o que você diz ou o que não diz. O melhor entendimento, às vezes, é quando uma pessoa é tão sensível e te conhece tanto que traduz aquilo que não é verbalizado, aquilo que temos vergonha de dizer, que temos medo de externalizar. Um olhar, um ouvido. Como podem fazer a diferença na vida! E o que a gente encontra por aí nestes tempos modernos e gelados? Olhos que fazem vista grossa, que olham sem ver, e ouvidos entupidos que escutam mas não entendem uma única palavra do que você disse. Não entendem porque simplesmente não querem entender, já estão lotados por dentro, afundados nas próprias mazelas, e não há espaço interno para nada que venha do externo. Triste, mas é mais ou menos isso o que rola. 

    Talvez falte auto amor pra todo mundo. Quando o amor próprio está instalado dentro da gente nós queremos mais é nos doarmos, não é assim? Quem não tem para si não tem para os outros. Quando temos dentro é tão gostoso! Quanto mais amor dentro mais amor você recebe fora. Um ciclo maravilhoso! "Ta bom Ana! Mas onde você quer chegar com esse blá-blá-bla?" Sabe onde? Eu quero convocar as pessoas para serem verdadeiras e se mostrarem na íntegra nas redes sociais. Eu quero mudar este movimento exibicionista medíocre e mentiroso, começando por mim, que afunda quem já está afundado e que gera um vazio imenso em quem está mentindo sobre uma felicidade inexistente. Utopia? É né? Claro!... mas não custa falar. Não custa dar uma cutucadinha pra fazer você, pelo menos, pensar. Eu estou pensando.

    "E como se cultiva amor próprio, pra gente se livrar desta carência toda, Ana?", olha! Se eu soubesse exatamente a receita, garanto que teria me livrado de muita enrascada na minha vida. Mas hoje uma pequena atitude já me salva um pouco mais: aprendi a me olhar com bons olhos. Encontre este olhar compassivo em você mesmo antes de buscar fora. Se olhe, ali, no espelho mesmo, com entendimento, com compaixão. Estamos todos em construção, tudo bem errar, tudo bem ser limitado, tudo bem ter medo, tá tudo bem não ser ainda quem você gostaria de ser! Estamos no caminho, e este caminhar às vezes é bem tortuoso, mas não pára não! Continua, assuma as suas verdades mais secretas, aceita as feridas mais dolorosas, e vai, caminha! No caminho vai olhando que beleza a paisagem de tudo o que você já conquistou até chegar aqui! Olha só o quanto hoje você já é melhor do que ontem! Está vendo? 

    Não pára. Não pára porque tem um olhar sincero, atento e interessado, logo ali, esperando por você. Se cuide primeiro que o cuidado vem junto, de mãos dadas, pra dar todo o amor que você merece. 

    

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Necessidade + Oportunidade = Amor


 Fiz um curso de desenvolvimento pessoal outro dia e me encantei por esta definição de como surge o amor, que nomeia este meu primeiro texto de 2021. Caraca! É tão simples! Como problematizamos tanto uma coisa tão descomplicada? Vivemos pensando que o amor genuíno é uma coisa tão longínqua que o perdemos de vista nas planícies enfumaçadas da existência, que transpiram desamor. Aí que está o "X" da questão: depende muito para onde nós estamos olhando. Se dentro do globo ocular, mais precisamente, dentro da alma, a paisagem está nebulosa, é claro que não enxergaremos a um palmo do nariz, nem a necessidade e muito menos a oportunidade. 

Piegas o tema? Quem não quer amar e ser amado que atire a primeira pedra. Eu adoro este assunto! Quem não quer amar e ser amado não leia, não é mesmo? A vida é tão curta para perdermos com desamor! E o amor, danadinho, está em tudo, até nos problemas, nas coisas que não dão certo, nos desafios, nas provações, afinal, como iríamos amadurecer se não fosse pela dor, já que somos tão teimosos em não querer crescer por amor? E amadurecimento nada mais é que o amor se encantando.  

Eu adoro falar (escrever) sobre o amor, dos desdobramentos incríveis que trazem abertura e novas realidades, do amor próprio que nasce num coração tão judiado, dos amores implantados dentro do peito e que funcionam tão bem, como acontece nos casos de adoção, dos amores impossíveis (que não acontecem por preguiça e falta de persistência, às vezes, né?), dos amores imbatíveis, próprios das amizades eternas, do amor pela natureza, pelos animais... adoro! Eu estudo, fuço, assisto palestras, faço cursos, porque eu quero entender cada vez mais sobre este assunto que aprendi a respeitar. 

Comecei este ano com o propósito firme de que eu queria ter amor e ser amor em cada pedacinho do meu dia, das minhas atividades, do meu corpo, dos meus pensamentos, com todas as pessoas do meu convívio, com todos os problemas que surgissem... e que eu queria sabe o quê? EXPRESSAR AMOR AO MUNDO! Principalmente na minha profissão, por isso muito em breve teremos novidades e desdobramentos deste desejo, em forma de um novo projeto profissional (ebaaaaa! 😍). 

Alguém pode até pensar: "aí que poético isso tudo!', virando os "zóinho" pra cima, em sinal de desaprovação, como quem acha patético. Conversa pra boi dormir? Pode apostar que não é. Não é fácil comunicar amor, na sua  expressão mais genuína. Somos mal interpretados a todo momento, tem hora que dá um "puta" desânimo, mas é isso mesmo que faz este meu desafio ser tão estimulante. No fim deste ano voltamos a conversar, tá bom? E se o amor não tiver transformado a minha e a sua vida, eu jogo a toalha! Hahaha... O amor gera amor, amor atrai amor, e, pelo menos pra mim, não é possível viver sem amor, sem o meu amor próprio, sem o amor dos amigos, dos filhos, dos pais, dos amores, sem o amor pelo o que eu faço, sem o amor por quem eu sou. Sem amor não tem conversa, não tem saída, não tem desdobramento, não tem entendimento, não tem sonho realizado. 

O amor bate nas nossas portas di-a-ri-a-men-te! Tem quem atenda com a maior abertura, tem quem finja não ouvir as batidas, tem quem fique na dúvida se abre ou não a porta. Talvez não haja necessidade. Talvez não haja oportunidade. A necessidade pode ter surgido e com o tempo muda, acontece tanto, né? Mas pode apostar que a oportunidade não vai ficar esperando que a visão nebulosa de uma necessidade confusa se descortine. Aí o amor se perde, fica esquecido naquele compartimento empoeirado da mente, das coisas que poderiam ter sido e não foram. Que compartimento triste! 

É lindo quando a necessidade e a oportunidade se encontram e todas as partes se abrem para viver as infinitas dores e delícias que o amor trás para a vida da gente, então me aguardem, eu estou aberta e farei o possível (fácil) e o impossível (difícil, mas a gente vai tentar! rsrsrs...) para escancarar o coração de quem quiser embarcar nessa aventura linda que é viver e ser o amor!