domingo, 16 de fevereiro de 2014

Chuva, chuvinha, chuvão!

Já fiquei seis meses sem chuva uma vez na minha vida, nos meus tempos quentes matogrossenses. Imagine o quanto isso pode ser desesperador! E pode apostar, é.  Em todo despertar a primeira solicitação feita em oração era sempre pra que a danada da chuva parasse de "graça" e desse logo as caras. Maaaaas, sobrevivemos. Agora no começo do ano vivemos uma pequena porcentagem da primeira escassez enlouquecedora, e sabe que pra mim foi ruim, mas não fez nem "cosquinha"! Sabe por que? Porque tudo de muito difícil que passamos na vida nos torna um pouco (ou muito) imunes a outros sofrimentos e aos muitos tipos de escassez que enfrentamos na vida. A vida vai engrossando a "casca" da gente, né? rs... é bem por aí.

Quando percebi os primeiros pingos da chuva que vieram  pra nos dar um gostoso fim de semana de aconchego e frescor, lembrei dessa comparação... aquela sensação de que tudo passa, de que as aflições que mais apertam nosso coração tem dia marcado para cessarem, do mesmo jeito que a chuva chega de mansinho sem avisar o dia que vem.

A chuva falha pra gente sentir falta dela! E falha porque é assim que tem que ser, e no fim das contas tudo isso tem seu valor.

O cheiro de poeira dos primeiros pingos, o barulhinho bom, o aconchego do cobertor e a delícia de se perder num dia molhado. A espera disso escassez nenhuma rouba da gente. Respirar e sentir paz. Abrir os olhos e ver a chuva e saber que o ciclo de tudo que é vivo, de tudo que é nosso, começa e se encerra sempre pra nossa evolução, em todos os sentidos.


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