terça-feira, 9 de junho de 2009

Trabalhos, sentimentos e decisões











Tenho tanta coisa pra contar que nem sei por onde começar... ando muito relapsa com o Blog. I'm sorry! Mas é que o "bicho" tá pegando por aqui e parece que meu dia voa e não dá mais tempo pra fazer tudo que eu fazia antes. Engraçado!



Começou a pipocar trabalho pra mim como fotógrafa. Essa semana fiz um aniversário de uma socialite e um casamento de uma russa. Coisa mais engraçada eu no meio de um monte de gente falando russo. Afe, se o inglês eu já não entendo direito, imagina o russo! rsrsrsr... Mas mais uma vez a linguagem gestual foi minha aliada. A noiva era russa, mas tanto ela como marido, falavam inglês. Eu estudei bastante o vocabulário fotográfico com N possibilidades, mas na hora do branco era o gesto mesmo... e não é que no fim deu tudo muito certo? Que bom!



Eu não tinha noção do tamanho da responsabilidade de ser contratada pra fotografar um evento. Nossa, quando estou fotografando chego a suar frio pensando no resultado final do trabalho. Na cerimônia de casamento é o que há de mais estressante, porque tem alguns momentos específicos que você não pode perder. Lê-se por perder: desfocar, dar crec na máquina, falhar o flash, etc... etc... etc... E essa ansiedade só passa quando eu chego em casa, descarrego as fotos e analiso o material. E nos últimos três trabalhos consegui respirar aliviada, tudo ficou bem. Ufa...


Maio foi um Mês muito estranho pra mim. Aconteceram muitas coisas legais, como conhecer a Jane, mãe da Kenia, conhecer mais um monte de lugares lindos em Toronto (cada lugar!!! Depois escrevo um post só sobre isso. Prometo!), trabalho aparecendo, o nascimento do Lucas, que trouxe aquela gostosa lembrança da Ci e Bia bebês... maaas, por outro lado, não fiquei bem comigo mesma. Fui muito mal na escola, fiquei insegura, com a auto estima baixíssima... super crise existencial. Chorei muitas vezes e digo que foi o mês mais difícil, desde que cheguei aqui. Foi quando senti mais solidão, mais incapacidade de assimiliar o inglês, mais desespero e medo de não aprender. Nossa, sofri um bocado. Me senti super peixe fóra dágua no meio da gurizada da escola, sem paciência, fechada pra burro... nossa, um clima muito ruim. Um mês pesado na escola e no coração. Me afastei do meu foco. Fiquei fora do ar. Sofri.


Eu sinto falta de escrever aqui. Escrever coloca as idéias no lugar. Acalma os sentimentos. Escrever é uma entrega, uma abertura. Um pedido de socorro. Uma declaração de amor. Muitas vezes em maio sentei pra escrever e as palavras não vieram. O vazio não permitiu

Junho chegou e foi preciso tomar decisões. Mudar o foco, ou melhor, retomar o foco. Respirar fundo pra mergulhar mais de cabeça, com mais fôlego, mais determinação. Eu me envolvi profundamente com a família da Kênia, com o nascimento do Lucas e com tudo que diz respeito a vida deles. Mas quando percebi eu estava vivendo a vida deles e não a minha. Tão complicado, fiquei tão dividida, porque eles são tão legais comigo, mas quando vi tava hiper acomodada, sem me esforçar pra praticar o inglês, pra conhecer gente, sem querer sair... Dai a consciência foi ficando tão pesada... e a luz de alerta acendeu. Então abri meu coração pros dois e acredito que eles entenderam. Galéra, vô nessa!!!!


Então gente. Aí a solução apareceu. Conheci duas japonesas super Queridas na escola e conversando, soube que estavam procurando um lugar pra morar e queriam dividir com outra pessoa. Daí falei com a Kenia e o Darren e eles toparam alugar o porão deles pra gente. Vamos nos mudar em julho. Nova etapa. Novo desafio.


Maio passou e tudo começou a clarear. Na escola turma nova, professor novo, novo ritmo. Aprendendo eu estou, mas preciso urgente perder o medo de falar. Tô bloqueada pra caramba. Mas vai dar tudo certo. Eu sei que a segurança vai vir. Vou precisar de mais tempo. Decidi ficar aqui até outubro. Por mais que a saudade da minha vida esteja muito grande, eu tenho que atingir meu objetivo. E prometo que não vou abrir mão desta meta.


Vou tentar escrever com mais frequencia. Preciso "desanuviar" deixando as palavras e os sentimentos fluirem... eu sei que assim eu vou pra frente.


E é pra lá que eu vou.


Eu e a bolsa dourada.

2 comentários:

  1. Ana,

    Em primeiro lugar, já estava com saudade de ver você escrevendo por aqui. Estou muito feliz que os trabalhos com fotografia estejam rolando.

    Não tenho dúvida que você vai tirar todos eles de letra por causa da sua sensibilidade e bom senso. Fora que será sempre um grande aprendizado trabalhar em outra língua, não é?

    Quanto aos períodos mais "downs"...também tenho certeza que você vai continuar a superá-los porque você é muito forte, determinada e sabe onde quer chegar.

    Exija de você, mas não muito, porque eu sei que a barra é pesada. Tem muitos momentos de diversão e descoberta, mas tem também a saudade de casa, dos amigos...coisa que só quem está fora entende.

    Para quem está do lado de cá, fica sempre a memória das fotos bacanas do Orkut, mas no dia-a-dia é que reside toda a vivência.

    Força Ana!

    Do teu amigo e do teu irmão...

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  2. Ai Dani! Eu te amo tanto meu amigo!!! Você está sempre pronto pra me entender e me incentivar. Sempre! Saudade imensa!

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