quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Cheguei, e agora?



Impreterivelmente 22h30 o avião decolou. 14 de fevereiro de 2009. Em mim uma misselânia de sensações, no coração a dor de deixar as meninas (Cibele e Beatriz), que ficaram chorando do lado de fora da sala de embarque, nossa! Como é difícil a hora de separar, né? Frio na barriga ansiedade, curiosidade, e seu eu não souber me comunicar, e se me barrarem na imigração, e se perder a minha bagagem??? e se, e se, e se... todos os "ses" simplesmente não aconteceram. Eu cheguei as 5h40, passei pela polícia federal, fui entrevistada na imigração, consegui me localizar, e minha bagagem não foi extraviada! Ufffffa!


Cheguei em Toronto sã e salva! No caminho entre o aeroporto e minha homestay, o dia nascia em Toronto. Um céu azuuuuul lindo... paisagem de filme. Fiquei encantada. Estava frio (zero grau), mas não tinha neve, para minha frustração, que fiquei pensando que já tinha acabado a temporada das chuvinhas brancas! que nada... cinco dias depois nevou pra burro! Na homestay fui muito bem recebida por uma amável senhora italiana, que se chama Chiarina, com um típico jeitão de mãe querida. Conseguimos nos comunicar daquele jeito engraçado, nota 10 para nossa linguagem gestual!!! Ela me mostrou a casa, o meu quarto e depois me chamou para tomar um café. Eu fui, toda sem graça, com o dicionário embaixo do braço e o meu livro "Como dizer tudo em inglês - fale a coisa certa em qualquer situação" (rsrsrsr... piada eu tentando conversar!).


Ficamos um pouco juntas e depois fui arrumar meu quarto. A partir dai foi me dando um aperto no coração, porque já eram umas 9 ou 10 horas, e eu precisava falar com a minha família no Brasil pra dizer que estava tudo bem. Isso me deu uma agonia, porque eu não conseguia pedir a ela que me deixasse ligar, e depois eu pagava quando chegasse a conta. Eu tenho vontade de chorar quando me sinto impotente assim, acho que é porque sou muito independente e me desacostumei a me sentir frágil. Depois de um tempo a Kênia foi minha salvação, a Kênia é um anjo em forma de amiga que está me ajudando muito aqui. Ela já mora ha alguns anos em Toronto. Consegui falar com ela pelo celular e ela conversou com a dona da casa, e disse o que eu queria dizer, em inglês. Ela concordou, graaaaaaças a Deus! Aí liguei e falei rapidinho com as meninas e com o papai. Noooooossa, caiu a ficha do quanto eu estou longe de casa. Desliguei o telefone. Chorei. Chiarina viu, me acolheu com um abraço de mãe. Me ganhou! Que gracinha, né?


A tarde a família se reuniu para um almoço/jantar (quatro da tarde não dá pra saber o que é, né?)... típica família italiana, eles falam alto, dão risadonas, mechem muito com as mãos... muito engraçado! Uma barulheira. Chiarina e Mr. Rocco (husband - marido) tem três filhos e quatro netos. Eles se encontram normalmente nos finais de semana. Me senti muito peixe fora d'água no meio deles... simplesmente fiquei quieta observando... e só dizia, thank you, sorry, very good! ahahah... só!!!! no fim acabei subindo pro meu quarto e dormi super cêdo... tava muito cansada, o vôo foi super cansativo... mas enfim, deu tudo certo! Meu segundo dia foi muuuuito legal, era feriado em Toronto, Dia da Família, e fui descobrir a cidade sozinha... eu e minha bolsa dourada.


3 comentários:

  1. Esses primeiros dias são impagáveis, Ana. Pode ter certeza que eles ainda vão render muitas linhas para o blog!

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  2. Aninha, vi seu blog hoje, lindo lindo. Continua escrevendo, ajuda muitão qdo se esta longe. Quando li da dificuldade que teve para falar com as meninas meus olhos enxeram de lágrimas, mas força menina, vc ta no caminho certo!!! Você é guerreira Ana, e te admiro muito amiga.

    beijocas
    te adoro

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  3. nossa, ana... faz mto tempo que não nos vemos, mas achei muito bacana seu blog e sua nova "aventura". sucesso, moça!!!

    fabiano pereira.

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