segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cadê o manual de instruções?


A maternidade me fez forte, completa e permite que eu viva todos os dias uma das experiências mais fascinantes dessa vida, que é ser mãe. Adoro ser mãe, mas preciso reconhecer que é beeeem difícil! É complicadíssimo você ter uma vida (no meu caso duas!!) sob sua responsabilidade para orientar, cuidar, formar o caráter, sustentar... e além disso tudo, amar incondicionalmente. Acho que o mais difícil de tudo é a falta que faz um manual de instruções, que deveria vir colado no "bumbum" destas criaturas quando nascem! Sem este manual vivemos à deriva, sem saber quando estamos errando, quando estamos acertando, se estamos estragando ou formando corretamente a pessoa. Tiro no escuro.

E pra completar o desabafo, é insano não ter uma fórmula pronta de como lidar com adolescentes! Isso enlouquece a gente! Criança é mais maleável. Se aprendemos a ter uma  autoridade saudável, nos obedecem direitinho, são amigáveis, concordam com a nossa opinião, são amorosos com os pais e nos respeitam de coração aberto, porque nos amam e parecem reconhecer todo o esforço que temos pra cuidar deles. Quase tudo lindo, porque fácil nunca é.


Mas o adolescente parece simplesmente apagar da memória o sacrifício que foi pra chegar até aqui. Impressionante! Eu tenho aqui pra mim que os adolescentes ainda não tem totalmente formado o mecanismo de notar (o famoso "desconfiômetro") como nos magoam com sua grosseria, seu silêncio e a impetuosidade. Um filho gritar com você dói mais do que tirar um dente sem anestesia. Aí é nessa hora que você se pergunta: "Jesus do Céu, onde que eu tô errando? Como eu lido com isso? O quê que eu faço? ".

Em muitos momentos me sinto impotente. Impotente porque eu sei como é ser adolescente, eu já fui uma, bem difícil por sinal... mas a experiência que tenho fica nula, quando os ouvidos se fecham. O amor que tem sobrando fica de lado, quando o coração está fechado pra receber. O conselho não tem validade e a orientação se torna implicância... não é assim mesmo?

E aí, o que resta, é pedir a Deus muita paciência, amor, resignação e pulso, pra esperar essa fase passar, e pra sairmos dela, no mínimo, mais fortalecidos.

O jeito é respirar fundo e seguir procurando fazer o melhor!

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