segunda-feira, 17 de junho de 2019

Aila - A menina luz!


A vida já me permitiu viver coisas muito bonitas. Ver a Aila nascer está em primeiríssimo lugar na minha lista de eventos lindos. Foi de longe a emoção mais diferente e mais cheia de significados que pude vivenciar. Ando nostálgica nos últimos tempos, tentando resgatar e ressignificar o passado para fazer parte de mim de uma forma mais agregadora.  Sabe aqueles tempos que você tenta descobrir quem é? Tempos em que coisas que você viveu parecem não ter sido vividas por você? Soando paranóico?  Rsrsrs... Xi! Tá! Hahahaha...

Lembro como se fosse hoje de pegar a Fernão Dias de noitão em busca da luz que a Aila ia trazer pra gente. O nascimento seria em Extrema, cidade que eu nunca tinha visitado antes, então o desafio já começou daí, encontrar de madrugada, com meu co-piloto super querido, onde estava a Ângela em trabalho de parto. Mas como as estrelas de David que guiaram os Reis Magos, nós fomos guiados por amor e encontramos facilmente, em um quarto de um hotelzinho, a Ângela, já com muita dor, se entregando inteira para aquele momento mágico. No quarto meia luz aconchegante, uma musiquinha deliciosa tocando e uma playlist de fazer chorar, preparada com todo cuidado pelo paizão dedicado. Ângela parecia dopada pelas contrações que a retorciam em êxtase e Edu, carinhosamente a massageava nas costas e na barriga, a abraçava e se fazia totalmente necessário na cena, junto às doulas.

Com a evolução do processo fomos todos para o hospital e ficamos num quarto preparado cuidadosamente para o parto humanizado. Meia luz, som ambiente de primeira qualidade, equipe humana e preparada, Edu ora dedicado, ora desengonçado, do jeitinho que ele é mesmo e eu, orgulhosamente, registrando todo o encantamento com meus click's irritantes (lembra Ângela? Rsrsrs...). O barulho do disparador da câmera era o único inconveniente do momento. Mas o registro era vital, num tinha jeito!  

Ora éramos platéia, ora fazíamos parte do pacote energético, fazendo força sem nem perceber, junto com a brava parturiente, que ora chorava, ora sorria, na dança insana das contrações cada vez mais numerosas e com intervalos curtinhos. Foi um lindo processo.

Ângela deu à luz à Aila de cócoras, quase pra nascer o dia, ela foi de uma bravura encantadora, e, no momento que o corpinho frágil da esperada menina terminou de chegar, todos choramos. Abraços, beijos, lágrimas, momentos únicos eternizados no nosso coração. Que experiência incrível! O parto humanizado é de um respeito tão grande com a mamãe e o bebê que eu só queria voltar no tempo e ter minhas filhas de novo, com toda aquela magia. Vamos deixar isso para uma próxima vida, ok? rsrs...

Tenho certeza que a forma como a Aila nasceu moldou parte da personalidade dela naquele momento. Aila hoje é uma criança que brilha, livre, leve, feliz! E a gente ama tanto! 

Essa semana ela está completando 4 anos, tem um olhar expressivo e uma alma de quem quer TUDO da vida! Serei grata eternamente pelo presente que foi participar desse nascimento. Com ela eu passei a ter um outro olhar sobre mim mesma, sobre a vida e o nascer e sobre  a riqueza que é ter a amizade da Ângela e do Edu.

Nunca nos esqueceremos.
E o nosso amor... ah! Esse é pra sempre e crescente, com toda a certeza!

Um comentário:

  1. Ah, Ana querida. Tô chorando aqui. Que coisa mais linda, mais sensivel, igualzinho a Aila mesmo....

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